quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Heartbreaker

Era uma vez uma menina muito sonhadora. Por viver com a cabeça nas nuvens, ela não se contentava com o mundo à sua volta, que era cinza e triste, então buscava sua paz olhando para as estrelas e querendo ser como elas.
Ela se sentia muito sozinha. Ela queria alguém que a mostrasse as estrelas e caminhasse com ela pelo céu. Procurou à sua volta, entre os homens. Será mesmo que eles poderiam levá-la até o céu, sendo que eles nem ao menos se davam conta que ele existia?
Resolveu então rezar todas as noites, para que Papai do Céu desse a ela um presente diferente quando fosse completar quinze anos: um anjo. Era algo impensável, mas ela sabia que ele era o único para quem ela poderia viver [ou morrer]. Mas ela não queria ir para o céu; ela queria que esse anjo vivesse entre os homens, para dar brilho àquele mundo sem-graça em que ela vivia.
Estava ela num dia normal, quando ela percebeu algo diferente no pátio em que estava: ela via uma luz. Seguiu essa luz e viu o rosto de um anjo. Como ele era lindo! Papai do Céu havia caprichado no presente! Ele era tão bonito, tão forte e ao mesmo tempo tão delicado! Como ele era lindo!
Ela havia conseguido, afinal. Ele estava ali, no seu mundo, vendo-a, falando com ela... ela mal podia acreditar! Era tudo tão perfeito, porque ele era perfeito. Tudo em que ele falava ou tocava havia luz. E essa luz, aos olhos dela, parecia inapagável e incontaminável...
Sim, incontaminável. O mundo dela era tão sujo. Será que ele se incomodaria com esse mundo horrível? Se misturaria a ele? Não! Ele era um anjo! Perfeito!
Mas não se cansavam de avisar à menina: ele não é perfeito. Essa perfeição ia enganá-la e machucá-la.
Um dia a menina acordou, e viu que seu anjo não estava mais ao lado dela. Ele havia sumido! Procurou por todos os cantos da cidade e finalmente o encontrou. Oh não! Ele estava entre os homens! Todos os seus temores haviam se concretizado!
De repente, ele não tinha mais luz. Sua face havia se derretido e sua pele limpa mostrava uma carne suja. Ela aparentemente não se abalou, ainda era o seu anjo. Seu anjo? Não, não: era o anjo dos homens, não dela. Ele havia fugido e se misturado com os homens sujos. Ela sentiu nojo. E disse, com lágrimas nos olhos:
- Por que agora é tão sujo? Você não era meu anjo, um presente do meu Pai, que tinha vindo para me amparar e iluminar?
- Anjos não sobrevivem na Terra, querida. Anjos não descem à Terra, pois o lugar deles é no Céu. Este mundo é sujo demais para que eles vivam aqui.
- E a luz angelical que você tinha?
- Isto não foi obra minha. Isso foi o seu presente de quinze anos de seu Pai, que lhe deu a oportunidade de conhecer a felicidade e as cores do Céu e nunca se esqueça de que já foi feliz... e que pode voltar a ser. Lembre-se de que a Luz não foi minha... foi dele. Eu só fui um escolhido, e quem sabe não seja o único?









História tosca ¬¬'

3 comentários:

Unknown disse...

É só ter paciencia e esperar essa luz dinovo... ;~

Arthur Rangel B) disse...

O que sería nossas vidas sem os anjos?

É só ter paciencia e esperar essa luz dinovo... ;~[2]

Raphael Rodrigues disse...

ai ó, sinceramente XD nao acho que é só ter paciencia não,é desencanar também... por que se prender tanto ao passado e à coisas tao miudas, sabe? é como es impedir de viver...