terça-feira, 7 de julho de 2009

Não que isso precise de título e sentido.

Ele disse todas aquelas coisas que eu queria ouvir, mas que eu não dizia que queria, e talvez até um pouco mais. Foi uma coisa incrível, não sei se aquilo partiu lá do fundo do coração dele, não sei.
Só sei que queria que fosse. Eu não escrevi a ele uma única palavra que não tenha sido verdadeira, tentando fazer ele se sentir tão amado quanto ele é. Ele é inteligente o bastante para perceber a energia e o poder de sinceridade das pessoas, então, quando for me dizer algumas palavras de carinho, só queria que fossem tão verdadeiras quanto as minhas são.
Talvez ele imagine que eu só estou brincando, e queira brincar comigo também. Eu não quero isso. Carinho não é nenhum brinquedo. Eu não sou como ela.
Ela? Era um objeto, um divertimento, um corpo. Ela o seduz o tempo todo de maneiras incríveis e invejáveis.
Eu era... o que eu era? Uma mente estranha, um vazio, alguém tão perdido quanto ele. Uma jovem mãe, uma chata, uma amiga distante, mas que não quer perdê-lo. Não sabe como eu o amo. Não do jeito de sempre. Mas sim do jeito de nunca.
Se pude guardar minhas palavras de carinho, para que não sejam excessivas e banalizadas, para que sejam ditas no tempo que eu considero certo, ele podia guardar as dele para algo que ele realmente ame. Porque ele não me ama.

Um comentário:

Arthur Rangel B) disse...

As coisas só são banalizadas, Fernanda, quando já não se tem jeito de levar a sério.Se Hoje vcs brincam, é porque a seriedade já acabou...as coisas ficaram impossíveis.Saber o que vc sente, acho que todos já sabemos, mas não é possível que haja nada além de brincadeiras...