quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Hohoho...

Agora venho até aqui...Meu querido Insanos.Depois de um texto longo, no meu blog pessoal, questionando o sentido do natal pra mim.Estou aqui só pra desejar a vocês um ótimo Natal, e espero que sigam sempre o verdadeiro sentido que ele apresenta.E acho que é só isso.Isso além do meu famoso clichê:

Sejam sempre felizes na sua insanidade e feliz NATAL

domingo, 20 de dezembro de 2009

Não me esqueci de vocês [ponto]

Não, não é o título, foi mais pra chamar a atenção.


Natal...
Tempo de celebração.
De dar e receber.
De sermos bons..
Ano Novo..
Passagem de um ano para outro.
Tempo de desejar novas sortes
Bem..
É isso!

Não sei se estarei aqui presente para postar no Natal e no Ano Novo que nem ano passado
Então to passando aqui hoje para desejar Boas Festas.
Amo vocês~

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

A Bailarina Pé-Torto

Porque a grandeza dela é uma grande ironia do destino. Principalmente pelo seu pé direito, meio torto, que não esticava direito [o esquerdo também não]. Ela, então, não parecia muito útil no meio de tantos pés bonitos dançando. Quando estive observando percebi que ela não era mesmo lá essas coisas, pelo menos quando criança: além do peito do pé que mal se esticava, ela era de baixa estatura, e tem cara de quem era uma criança meio feiosa, com olhos e boca grandes demais para um rosto tão pequeno, e um cabelo indeciso. Enfim.
Enquanto isso, ela, na coreografia, foi a única que se arriscou a fazer um fouetté na sapatilha de ponta, em vez das pobres mortais que só faziam piruetas. Não foi só um fouetté; foram SEIS. E muito bem aplaudidos.
Eu ficava imaginando o que ela fez para que conseguisse fazer tudo direito. Porque se você não se estica, você não dança. E como é que um pé tão horrível podia fazer tanto?
Mas ela conseguiu. A elasticidade dela é duas vezes maior do que qualquer uma de pé bonitinho. A paciência e calma com que ela executa os passos é incrível, quase um mantra ou sei lá, por mais que seja rápido [porque existe uma diferença entre rapidez e 'afobação']. Ela conseguiu encontrar um meio de se equilibrar naquele pé, e percebeu que isso era possível, e tentou, tentou e tentou.
E, bem, ela continua lá. É a melhor de todas, sempre solista. Das suas colegas de pé perfeito, algumas permaneceram nas aulas e fazem parte do corpo de baile. Outras saíram, cansaram. Seus pés perderam a magia, enquanto o dela só adquire com o tempo e o treino. Eu fico imaginando se às vezes é melhor não ter alguma característica que queira, e trabalhar para viver sem ela, do que nascer com ela e não fazer uso da mesma. Porque ela tem um pé torto e seu equilíbrio e execução são duas vezes melhores que o de qualquer uma, mas só porque o seu esforço foi duplicado, na ambição de querer ser tão boa quanto as outras abençoadas. Eu vejo isso em qualquer lugar, pois aqueles que não têm asas dão um jeito de construir as suas, enquanto os que nasceram para voar enjoam rápido. Não sei se é o costume por ter asas desde que nasceram [daí dão pouco valor a elas], só sei que... desistem de voar, algum dia.
O pé torto não é mais um problema. É um desafio que, uma vez superado, acaba se tornando uma virtude [ou alguma coisa assim].

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Uma carta do belo que é feio... para o feio que é belo.

"William,
você não me conhece e presumo que já me julgou. Julgar alguém antes de conhecer é um grande erro, mas quem disse que o seu julgamento estava errado?
E ainda há mais, meu querido. Aquela falta de senso foi só uma parte. Há muito mais carne podre e veneno entre os dentes, e abençoado seja você, que percebeu isso tudo logo de cara, porque os outros anjos só vêem aquilo que eu quero mostrar, que aliás é tão contrário ao que você viu e pensou.
Acho que você nem fala mal de mim. Afinal, quem sou eu para tomar conta de uma mente tão ocupada? Há coisas mais nobres e importantes para pensar, não é? Eu devo ser tão medíocre que nem pertenço à sua lista de convívio.
Já eu, esta pobre desocupada, não me canso de rir do seu BELÍSSIMO rosto. É o garoto mais feio que já vi, não nego! A feiúra é uma coisa condenável para essa espécie baixa e fútil à qual pertenço. Mas olhe, eu ainda tenho um mínimo de senso, aquele pedacinho de sabedoria que não me deixa te odiar. Ódio é uma coisa tão baixa. Você tem a expressão de quem já sofreu muito à custa dos outros que possuíam esse sentimento, e assim aprendeu a superá-lo, e em vez de retribuir o ódio, só sente indiferença, ou até mesmo pena daquelas pobres criaturas que odeiam.
O seu suposto desprezo por mim se tornou explícito muito depois de eu ter começado a te admirar. Eu te admiro muito, William. Admiro a eficiência das suas obras, as suas amizades, a docilidade e persuasão que habita nessa sua voz horrorosa e a capacidade de se sobrepor à sua feiúra, e se tornar algo maior e muito mais belo que esse defeito que se destaca tanto nesse mundo de aparências. Eu percebi que você é muito maior que você mesmo.
Eu não me importo que você me despreze, eu sei que nada passará de um olhar e um diálogo frio talvez, coisas que vou aprender a superar. Porque se você me despreza, a culpa é realmente minha, que realmente fiz por onde, era um defeito meu, aquele velho defeito de não pensar antes de falar. Se o destino me ajudar a consertar as coisas, eu vou consertar, para que você descubra alguma luz além da minha carne interiormente apodrecida.
Ou não sei, talvez eu esteja louca, e o desprezo seja ideia minha, e o que você sente por mim é algo muito mais terrível: indiferença. Aí eu estarei realmente perdida, porque vou ser só mais uma, não serei digna de nenhum sentimento seu. Se isso é bom ou ruim, eu não sei, porque apesar de eu não querer que você de fato me odeie, significa que talvez não haja chance de que você pense em mim de uma forma diferente. Não estou pedindo que isso aconteça, mas... não seria ruim. Ou seria?
Annie"

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

"Só porque você tem olhos azuis"

Talvez tenha mesmo, mas e daí? Faz diferença? Ainda mais quando vivem dizendo se tenho ou não olhos azuis?
Porque vivo ouvindo. Sobre a cor dos meus olhos, sobre a cor do meu sangue e o impacto que isso provoca na minha mente. Aí vem o outro, os outros, que dizem que tenho olhos verdes, e o impacto que isso provoca na minha mente e que machuca e difere tanto dos olhos azuis. Eles se preocupam tanto em ver essa diferença que não percebem que, na escuridão, essas duas cores não se diferem.
De dia, tenho olhos azuis, alienados, despreocupados e cegos. De noite, tenho olhos verdes, venenosos, frios, e que condenam aqueles que se acham dignos de perdão. Ok, acho que sou assim mesmo. Do jeitinho que vocês falam, com todos esses defeitos. Mas tantas vezes se esquecem do quão ternos podem ser os olhos azuis e quão sedutores podem ser os olhos verdes. Lembrem-se disso quando forem olhar nos meus olhos, porque eles não vieram a partir só de um par de azul e outro par verde. Eles se misturaram, e eu sou a única prova disso, pois meus olhos nunca foram, e nunca serão, inteiramente verdes ou azuis, aconteça o que acontecer.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Carta ao passado.

Querido passado,

Venho por meio dessa carta lhe fazer um pedido: saia da minha cabeça!Porque é difícil pra mim ter que relembrar você a todo momento.Não que seja ruim, mas porque me deixa triste.Será que é tão difícil de entender que eu não quero lembrar que eu fui tão feliz?Essa felicidade agora me deixa triste, porque eu não a tenho mais.Então atenda o meu pedido, minha cabeça não é pertence seu.

Eu quero crescer, ir pra frente, cuidar de mim, tentar amar outras coisas e pessoas.Mas você não tem me permitido.Por que tem que ser tão ruim?Será que não basta o tempo que você percorreu e continuará percorrendo comigo?Por que precisa ser tão maldoso em dominar o lugar do presente, e tentar fazer o mesmo com o futuro?Você sabe a importância que dou a meus pensamentos, aos meus amores, ao que aprendi durante minha vida, e a você; talvez você seja toda a base da minha vida.Mas precisa ser tão cruel e roubar tudo o que me é de direito?

Você tem me torturado demais ultimamente, então te peço encarecidamente que me esqueça um pouco, te peço que me deixe ser quem eu sou e ainda pretendo ser.Você não precisa brigar com nenhum dos seus amigos por espaço, você sabe que o futuro vai te repetir quando ele for presente.Então pra que isso tudo?Não dá pra parar de me torturar?

Deixo meu pedido e quero que saiba da importância que você tem na minha vida.Eu te amo passado, mas não precisa ser tão possessivo.

Um beijo enorme. ;**

Arthur Rangel
B)

 Sejam sempre felizes na sua insanidade!(até quando escrevem cartas ao passado.)