[...]
- ...Mas isso não me deixa brava.
- Mas é a impressão que dá... talvez porque aqui eu nao consigo ver seu sorriso.
- hum...
- ...
- Sorriso é uma coisa tão estranha.
- Por que?
- Porque você nem sempre pode acreditar nele.
- Hum...
- ...
- Já falei que espero sinceridade de você. E qual deles não é sincero?
- Ai, não sei.
- ...
- Talvez nem seja falta de sinceridade...
- ?
- ...pode ser um outro eu.
- Hum.
- Isso só me parece irreal porque convivi esse tempo todo com um 'eu' que não sorri direito, que conseguiu obter felicidade a partir do silêncio, e, em casos extremos, a solidão.
- É, pode ser.
- Então.
- Eu acho que sei que sorrisos são esses... são os sorrisos que pra mim parecem ser mais reais.
- Pois é...
Que bom que ele sabia. Já era um alívio do tamanho do mundo.
Ela dava pena, essa era a verdade. Não porque não soubesse amar e sorrir. Mas por não saber ser amada e receber sorrisos de volta, que são muito mais sinceros do que os dela. Não que ela esperasse que fossem assim. Ela nem era feita de pedra.
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